quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Em obras!



Caras Leitoras,

Como vocês podem ver, o blog está em obras. O layout está sendo modificado e um novo logotipo deverá ocupar o topo desta página em alguns dias.

Mas não só a aparência trará mudanças. Conceitualmente, o blog também terá algumas alterações.

Portanto, fiquem à vontade e não reparem a bagunça na casa: "estamos trabalhando para melhor servi-las" (muito cara de slogan de padaria de bairro isso, né?).

Beijos de Lesboland,

Alice

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Aumenta o som!


Estava no trânsito, com a Namorada de carona, quando pára ao nosso lado um Ford Ka preto, com um camarada feio ao volante, ouvindo pagodinho-vagabundo estourando as caixas.

Comentei com ela:
- Você já reparou que quanto mais brega e tosca é a música no som do carro, mais alto é o volume? Ninguém ouve música clássica alto!

Começamos a rir e refletimos sobre o assunto. Sempre que passa um carro espalhando o batidão, é axé, funk-baixaria, sertanojo ou pagodinho-vagabundo. E quase sempre o carro é velho. Acho mesmo muita graça em quem investe milhares de reais em um potente sistema de som e o instala em um Fiat 147, por exemplo. Como pode a pessoa não querer trocar de carro, mas querer impressionar com barulho?

E outra, você já viu algum motorista escutando Mozart ou Chopin super alto e dividindo sua erudição com os pedestres? Nem eu! Muito menos MPB, jazz ou blues. Maria Gadú? Billie Holiday? Norah Jones? Que nada, o negócio é chamar a atenção com Tati Quebra Barraco e suas indecências!

E vocês, o que gostam de ouvir quando dirigem? Estão no time do tosco-e-alto ou do bom-gosto-mas-baixo?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Chicleteiras


Da série "Mulheres que não são ideais para mim":

Chicleteiras

Axé não é minha praia. Sério. Esse negócio de "bota a mão na cabeça, dá uma abaixadinha, vai mexendo gostoso, balançando a bundinha", "sou brasileiro, sou guerreiro, tô solteiro" & afins não consigo encarar.

Juro que já tentei. Uma ex me obrigou a ir com ela a um evento de axé que tem todo ano aqui na minha cidade e dura longos 3 dias (não sei para quê, as músicas me parecem todas iguais, um dia delas já seria suficiente). É a imitação de carnaval baiano mais fajuta que existe: um trio elétrico fica andando em círculos em uma área enorme e as pessoas vão atrás, pulando ensandecidas. Esta massa de gente bêbada e suada é chamada de "pipoca" - acho que o nome é auto-explicativo.

Para meu alívio, ficamos no camarote, no centro do círculo, e fugimos da confusão lá de baixo. Mas toda vez que o maldito trio passava perto, eu era arrastada e forçada a pular com a galera durante longos minutos, que pareciam mesmo intermináveis enquanto os Chiclete com Banana, Paçoca com Mamão, Bala com Maçã e assemelhados se revezevam nos gritos de "Sai do chão!" e nos acordes estridentes de guitarra.

A tortura foi até o sol raiar. Enquanto a Falecida estava no pique (também, pudera, aquela praga tomou whisky com energético a noite toda), eu saí de lá cansada, puta e caindo de sono, com vontade de transformar aquele abadá brega em pano de chão e prometendo a mim mesma que JAMAIS faria aquilo de novo.

Eu não consigo encarar uma axezeira de novo...

E vocês, quais tipos de mulheres não dão conta de namorar?